Epilepsia Mioclônica Juvenil

O QUE É A EPILEPSIA MIOCLÔNICA JUVENIL?
Nos adultos, temos as epilepsias generalizadas como a Epilepsia Mioclônica Juvenil, que é caracterizada por mioclonias (reconhecidos pelos pacientes como choques ou tremores) e crises convulsivas tônico-clônicas. Nesta forma de epilepsia, com início durante a adolescência após a privação de sono e estresse, o controle é facilmente obtido em 80% dos casos com medicação apropriada.
QUAIS SÃO AS QUEIXAS COMPORTAMENTAIS QUE PODEM COMPROMETER A VIDA DOS PACIENTES COM EPILEPSIA MIOCLÔNICA JUVENIL?
Nestes pacientes, as queixas comportamentais e cognitivas são feitas pelos familiares, colegas da escola, colegas de trabalho ou são percebidas pelos próprios pacientes.
Muitas vezes, estas dificuldades representam queixas espontâneas dos pacientes ou seus familiares que a despeito de estarem satisfeitos com o controle das crises, se sentem incomodados com a dificuldade em alcançar metas e objetivos do dia a dia, que são mais fáceis para pessoas sem epilepsia que estudam ou trabalham com estes pacientes.
Este grupo de pacientes pode apresentar uma constante busca por novidades e cansaço frente a rotina, assim como baixa tolerância à frustração, o que leva à trocas frequentes de emprego ou diferentes cursos ou Faculdades. No adolescente, isto pode ser observado pelo cansaço exagerado nas atividades do dia-a-dia, como as atividades escolares, fazendo com que os adolescentes abandonem frequentemente cursos e tarefas nas quais se engajam.
Há também uma tendência à procrastinação, ou seja, tendência a deixar tudo para a ultima hora e dificuldades para concretizar estas tarefas. Pode-se observar, ainda, dificuldades de tomar decisões levando à decisões erradas e eventualmente, no envolvimento com álcool e drogas ilícitas.
A dificuldade de se organizar e planejar, assim como estabelecer prioridades, leva ao mal rendimento na escola ou má adaptação no trabalho.
O temperamento explosivo, agressivo, as alterações de humor pode prejudicar todos os aspectos da vida destes pacientes – trabalho, vida escolar, família e casamento – muito mais do que as próprias crises epilépticas.